COMO SOMOS CAPAZES DE TANTO
Como nos revelamos,
quando sentados sozinhos em meio ao nosso silêncio.
Como descobrimos o quanto somos frágeis,
quando vemos a noite cair em um céu moldado de forma quadrada
e sem curvas para desfrutar-mos.
Como sentimos falta do nada
que preenche o vazio que nos invade nestas noites repetitivas.
Como somos solidários a nós mesmos
e deixamos as lágrimas nos consolar por uma coisa sem definições.
Como somos cheios de respostas,
quando não temos para quem responder.
Como nós, seres humanos, somos receptíveis ao pouco que nos dão,
quando o nada é tudo que temos.
Como somos fortes em transformar a dor em alegria,
quando não existe mais outros caminhos para persistirmos por algo.
Como o mundo, que já deu tantas voltas,
sempre está nos oferecendo uma nova chance,
quando achamos que os nossos sonhos “hipotéticos”
se esvaeceram e se machucaram no tempo.
Como queremos tanto de tão pouco,
quando nos vemos sentados no escuro do quarto
desfrutando da silenciosa melodia e dos lençóis que ainda nos restam para nos esquentar.
Como sabemos e a cada segundo temos mais provas
que somos seres humanos e podemos errar,
quando o perdão surgi de quem se menos espera.
Como conseguimos beber uma água que já se secou no espaço,
quando a nossa sede nos parte a alma e o coração.
Como nos transformamos em pássaros
em busca de umas poucas asas para nos acompanhar,
quando sentimos que o céu é muito grande para aqueles que se sentem felizes com o pouco que se pôde conseguir.
Como somos felizes,
quando notamos nossa presença na triste linha de uma agenda que já se fechou até o Best Seller que se eternizou entre as mentes e as leituras.
Como podemos ainda mais,
quando queremos ver, ouvir e sentir o próximo.
Enfim,
entre as horas da noite
ou o pouco tempo do dia
sempre saberemos que somos capazes de algo,
quando sabemos que um algo está em risco.
Afinal somos os verdadeiros seres humanos,
quando queremos viver.
By: Jeff Wendell
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